Isaura tem mais ou menos 20 anos. Escrava, filha de escrava mulata com feitor branco, tez clara, muito bela, sensível, delicada, bela voz, refinada, romântica, teve educação esmerada, por conta de sua madrinha, que a criou como filha. Não sabe mentir, é ainda donzela, virgem recatada, emociona-se com facilidade. Pensa sempre nos outros, procura fazer sempre o bem. Boa filha, carinhosa com seu pai, teve a madrinha Gertrudes como sua “mãe branca” e Joaquina como “sua mãe preta”.
Foi criada por essas duas mulheres e sente-se exatamente como é, na verdade, com um pé na senzala e outro na casa-grande. Isaura sofre por si e pelos outros. Deseja muito conquistar a liberdade, que sempre lhe é negada.